Escultura

 A escultura romana foi uma das mais importantes expressões artísticas dos antigos romanos, se desenvolveu em toda área de influência romana, tendo seu foco disseminador na capital. Era marcada pelo seu caráter eclético e a imposição de um império que dominou o mundo por séculos. Essa arte contém uma mistura da perfeição e do clássico. Eles trabalharam em pedras, vidros, metais e terracota, porém seu traço marcante estava mesmo no bronze e no mármore, que domina a maioria das artes.
   Os escultores romanos sofreram primeiramente influência da escultura etrusca, fortemente devedora dos gregos no perdido arcaico, e a partir do período helenístico o contato passou a ser direto e  ainda mais intenso e fecundado. Mas ao contrário de uma generalizada opinião de que os romanos foram apenas copistas, hoje se reconhece que foram apenas capazes não só de assimilar e elaborar suas fontes com maestria, mas também de dar importante contribuição original a essa tradição, visível em especial na retratistica, mostrando suas técnicas e elevada expressividade, desenvolvendo um estilo narrativo de grande força e caráter tipicamente romano. Eles buscavam fazer uma cópia fiel dos imperadores, deuses e heróis da Roma. Essas esculturas possuíam uma beleza inigualável.
 Muitos pesquisadores dizem que há dois mercados distintos para a escultura romana. O primeiro é Aristocrático, voltado  a classe dominante, com esculturas mais clássicas e idealistas. O segundo é Providencial, direcionando a classe média, com esculturas mais naturalistas e com um tipo de classificação emocional.
Roma foi uma sociedade eminentemente visual. Com a maior parte de sua população analfabeta e incapaz até de compreender o latim erudito que circulava entre a classe alta, as artes visuais funcionaram como uma espécie de língua franca acessível a todos, confirmando ideologias e divulgando a imagem de personalidades eminentes. Nesse contexto, a escultura desfrutou de uma posição privilegiada, ocupando todos os espaços públicos e privados e povoando as cidades com inumeráveis exemplos em várias técnicas. Boa parte da escultura produzida em Roma pertence à esfera religiosa ou a ela está relacionada de alguma forma.
Quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do império, o papel da arte mudou radicalmente, embora não tenha perdido sua importância central. O deus cristão não era conhecido através de imagens, mas de escrituras e seus profetas e comentadores.
Mesmo assim, a escultura e seu repertório de representações naturalistas convencionais foi adotada pela igreja nascente, e continuou sendo praticada na esfera laica pública e privada como decoração, registro histórico e para o retrato até a ruptura final do império, ainda como uma forma enfatizar a herança clássica compartilhada por todos e a fim estabelecer alguma unidade cultural, num período em que as periferias começavam a desenvolver culturas próprias.

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